terça-feira, 28 de setembro de 2010

SubMundo

I

Um certo dia resolvi fazer um trato com as estrelas, e pedi para que elas
me dessem do brilho da lua, mas elas só concordariam em me dar se fosse para
iluminar um longo caminho.
Eu então busquei em todos os lugares mas não encontrava
um caminho longo se quer.
Eis que estava sentado pensando se haveria uma longa estrada
para ser caminhada, mas nada parecia querer que eu encontrasse a estrada.
Até que uma luz me chamou atenção, ela era como uma estrela
mas brilhava com um tom diferente, ela era mais próxima, era mais real.
Resolvi me aproximar para ver o que era aquele brilho incondicionalmente lindo.
Quando fiquei lado a lado com aquela Estrela, quis tela só pra mim.
Os dias foram passando e a Estrela estava junto a mim,
era como se eu estivesse sonhando com o mais belo dos sonhos.
Um dia a estrela me levou a um lugar onde ninguém havia ido.
Aquele lugar era incrível, era um lugar tão lindo que nem os sonhos sonhariam
em estar lá.
A Estrela então me levou para um lugar onde não havia muita luz,
a claridade ia sumindo com a distância, chegava um ponto que não dava para ver mais nada.
Era final do dia o sol já estava se pondo, eu resolvi ir as estrelas
pedir novamente para que elas me dessem o brilho da lua.
Elas então falaram novamente que só me daria o brilho da lua se o caminho
fosse realmente longo.
Eu então contei sobre o paraíso que tinha ido, que uma Estrela tinha me guiado,
e disse que havia um lugar do paraíso que não tinha luz, e que a claridade
desaparecia com a distância.
As estrelas então ficaram confusas, pois elas conheciam todos os lugares do mundo
e nunca se quer viu este paraíso que eu estava mencionando.
Depois de um tempo as estrelas me deram o brilho da lua,
e disseram para que eu tomasse cuidado, pois muitos iriam querer estar
neste caminho que eu iria seguir.
Eu então resolvi seguir minha jornada, ir ao paraíso em que nenhum sonho se quer havia chegado.



II

Está vendo? Abra os olhos. E agora, está vendo?
Basta abrir os olhos para crermos que aquilo realmente existe.
Feche os olhos. O que você vê?
Eu vejo o infinito, a galáxia sombria dos meus pensamentos, ela está formada por grandes nuvens fantasmas que desaparecem quando eu tento vê-las.
Estou parado na fronteira que apareceu quando estava caminhando.
O mais engraçado é que eu vejo o que acontece de um lado, só que o outro está meio bagunçado, não sei direito o que está acontecendo.
Um sujeito me dissera que está tendo um confronto, onde o Amor está lutando contra o Ódio. Pelo que eu vejo, o Amor está recuando, procurando a razão,me parece, procurando o que ninguém conseguiu me explicar.
O Ódio está confiante, seguindo em frente com teus olhos abertos, buscando a vingança.
Basta você olhar para ver o desejo dele.
Que curioso é observar esse Amor...
Não entendo porque ele é assim, misterioso e seguro ao mesmo tempo.
O ódio se ajoelhou, me parece que ele se cansou, talvez tenha ficado calmo.
O amor então segue seu caminho de olhos fechados.



III

Ando vendo muitos conflitos nesta jornada, é como se algo estivesse disposto a me desanimar.
Desta vez a Dúvida chegou para o Amor em quanto ele estava dormindo, e começou a sussurrar no ouvido dele com a intenção de que ele tivesse pesadelos.
Não é que está dando certo, o Amor parece não está tendo uma boa noite de sono.
O que será que se passa na cabeça dele agora?
Fui até lá para conversar com a Dúvida.
- Você tem certeza que quer vir aqui? - Disse a Dúvida.
Parei o meu passo e pensei comigo mesmo. Por que querer ir lá? É apenas a Dúvida, ela não tem a informação que eu procuro.
- Talvez, tenha o que você deixou para trás. - Disse a Dúvida.
- como? – Perguntei.
- Lembra-se daquela encruzilhada, onde você passou a ter coragem?
- Sim, me lembro... Mas o que tem? – Quando me dei conta a Dúvida não estava mais lá.
Passei uns dias pensando nisto, não cheguei a nenhuma conclusão.
Está na hora de descansar, pois nos meus sonhos eu me sinto mais perto de você.



IV

Acho que estou tendo alucinações, vejo coisas girando ao meu redor quando me distraio. Nunca vi nada parecido.

Estava parado observando um casulo abandonado. Acredito que ele tenha caído de alguma árvore e o vento o trouxe até este lugar. O que será que se passa lá dentro? Será que está quente? Eu sinto frio às vezes, mas sinto um vapor quente vindo ao meu lado.
Estou dois dias observando este casulo e ele nem se quer se meche, pelo menos é a única vida que eu encontro neste lugar.
Veja! Está se movendo, será que é o vento que eu não sinto? Não... É uma linda borboleta, preta com detalhes vermelhos.
Para onde ela vai, se tudo o que tem aqui é apenas nada?
Comecei a segui-la, embora soubesse de que nada adiantaria e que não haveria outro lugar além deste.
Estava me desanimando até sentir um cheiro diferente. Era bom, meio parecido com flores. Foi o que me veio na cabeça, pois estava seguindo uma borboleta.
Estava avistando um palácio, ele era enorme, mas parecia não ficar muito grande quando me aproximava.
No jardim havia muitas flores. Foi lá que me despedi da pequena borboleta.
Fui me aproximando e sentindo falta de pessoas no palácio.
Entrei e fui para um lugar que me parecia ser o centro.
- Alguém ai?! – Gritei observando ao meu redor. Avistava muitos desenhos nas paredes, não sabia interpreta-los.
- Faz muito tempo que não sinto a presença de alguma outra pessoa neste lugar. – Dizia uma voz feminina vindo de trás.
Era Ela. A minha mente se perguntava o que ela estaria fazendo naquele lugar.
- Ele é uma pessoa que não deveria estar aqui. – Uma voz rouca surgira.
- O que lhe trás a este lugar rapaz? – Ela diz.
- Estava perdido no além e uma borboleta me trouxe a este palácio. – respondi
Logo percebi que a voz rouca era do Medo. Ele estava com um capuz sobre o rosto e se escondia atrás Dela.
- O que você faz neste lugar? Eu andei procurando você por todos os lados. – disse a Ela meio confuso.
- Como assim me procurou por todos os lados? – Dizia Ela.
Ela me parecia ser outra pessoa, uma pessoa que eu apenas admiraria pela beleza.
- Já disse que ele é alguém que não deveria estar aqui. – Sussurrava o medo no ouvido Dela com um tom de raiva. – Você tem medo do futuro? – dizia o Medo.
Logo percebi que tudo havia paralisado, e que nada se movia, era tudo uma ilusão.
- Como? – Perguntei. Logo senti uma brisa fria vindo na minha direção.
- Venho te observando, e percebi que você pensa de mais nos caminhos a seguir. Você tem medo do seu futuro? – Dizia o Medo parecendo não estar com Medo.
- O meu único medo é ter que acordar um dia e ver que tudo foi uma ilusão. –
- Haverá momentos em que tudo desmoronará e seus pensamentos de nada vão valer se você não estiver chegado a nenhuma conclusão. – Dizia o Medo parecendo não ser uma má companhia.
Logo acordei pensando que era apenas mais uma mudança no lugar, pois aprecia ser tão real.
Foi apenas mais um sonho que você esteve lá, diferente, mas esteve.



V

Calor é insuportável, bom, passar pelo deserto não é a coisa mais divertida para se fazer. Morrendo aos poucos começo ver coisas, acho que já estou fazendo parte de outro mundo. Espere... Não é coisas, é Ela de novo, só que dessa vez não estou dormindo, estou?
Ela está com um capuz preto indo por outra direção acompanhada com outra pessoa que também está com capuz.
Exausto eu desmaiei e fui acordar com a Ilusão no formato Dela dizendo coisas irritantes.
- Talvez o seu coração não queira o que você busca – Disse a Ilusão desfazendo-se da forma Dela, comendo uma maça.
Aquela maça me parecia ser a fruta mais saborosa que existia. Mas era apenas a Ilusão, um delírio por estar em um deserto.
- Como assim? O que eu busco é o que meu coração quer. – Disse.
- Muitos seguem um caminho e acabam encontrando coisas que não imaginavam encontrar, ou que nunca tinham visto na vida e acabam despertando a vontade de ter aquilo. Só que tem outros casos que o coração o guia para os sonhos, para o conforto. Mas são poucos que chegam ao conforto, pois muitos se Iludem com o que os olhos vêem. Cuidado com o que os teus olhos estão vendo. – Disse a Ilusão acabando com todo o deserto.



VI

Após dias caminhando eu cheguei no final daquela longa estrada. O tempo estava nublado e muito frio. Parecia que não tinham terminado de fazer aquela estrada
Só havia uma casa naquele lugar. A casa era grande, feita com madeira.
Entrei na casa, ao fechar a porta senti um arrepio e alguém me dizendo para sair daquele lugar. Mesmo com esse sentimento eu fui dar uma volta na casa. Não havia nada na casa, ela estava deserta e com muita poeira.
- Pá! – Um barulho de uma porta batendo veio lá de cima no segundo andar.
O medo, a adrenalina logo tomou conta dos meus pensamentos. Fui subindo vagarosamente. As janelas abriram e o vento gelado veio em direção ao meu corpo, me fazendo ficar assustado. Mas logo pensei que teria sido o vento que fez a porta bater. Ao subir as escadas fiquei em um corredor que dava passagem para entrar em sete portas, três à esquerda, três à direita e uma no meio. O corredor era sinistro, tinha um tapete verde com desenhos brancos, ele ia até a ultima porta do corredor. Era uns quinze metros de onde estava até a ultima porta. Caminhei em direção as portas para ver o que tinha dentro dos quartos.
- Levante-se, acorda.- Uma linda voz angelical sussurrou. Paralisei, fiquei em transe olhando para o lustre que estava no centro do corredor, pensando no que aquela voz angelical estava querendo dizer, afinal, eu já estou de pé e acordado. Continuei andando. Abri as seis portas que estava nas laterais do corredor e em todos os quartos não havia nada. Estava indo em direção a porta que estava no meio do corredor. Quando coloquei a mão maçaneta a voz angelical sussurrou novamente.
- Levante-se, acorda! – Olhei para trás para ver se tinha alguém dizendo isto. Não tinha nada no corredor, além daquele lindo tapete e o lustre. Coloquei a mão novamente na maçaneta, mas senti um arrepio que me impediu de abrir a porta. Olhei para trás e vi uma coisa do outro lado do corredor vindo em minha direção.
Parecia um ceifador, era uma coisa negra, sombria, que flutuava com sua capa preta.
Aquela coisa estava se aproximando muito depressa. Quando abri a porta aquela coisa me empurrou, fazendo com que eu caísse no chão, quando me virei aquela coisa estava em cima de mim. Ela tinha uma fisionomia horrível, com uma face deformada toda queimada, teus olhos eram grandes e sua boca tinha muitos dentes finos e grandes.
Em pânico me levantei e me afastei daquela coisa.
- Agora você tem medo de mim é? – Disse aquela coisa com uma voz familiar.
- Há, Há, Há! - Ele dava uma risada sinistra e maliciosa.
- Como assim? Quem é você? – Ao perguntar me lembrei. Era o Medo, que havia encontrado no palácio. Ele veio muito rápido em minha direção e me jogou no chão novamente.
- Medo! – Disse quando estava no chão.
- Sim, sou eu. Prazer em revê-lo – Disse o medo.
- Mas por que está fazendo isso? – Disse.
- Porque você foi um completo idiota por ter vindo aqui. – Disse o medo.
- Levante-se, acorda! – Dessa vez gritava a linda voz angelical.
- Mas como? Quem é você afinal? Onde você está? – Gritei com esperanças de ver uma luz.
- Há, Há, Há, Há, Há! Você acha que vai sair daqui? – Como se não bastasse o Medo agora a Dúvida apareceu.
- Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntei.
- Você acha que encontrará o que você procura? – Disse a Dúvida.
Levantei e fui correndo para o outro canto do quarto. Senti uma coisa queimando em meus ombros. – AAAAAAAH! – Quando virei dei de cara com o Ódio saindo da parede de madeira.
- Mas como isso? O que está acontecendo aqui? Eu vi você sendo derrotado pelo Amor – Disse.
- O que você viu foi apenas o nada. Você viu apenas imagens que o seu coração queria ver. – Disse o Ódio.
- Então quer dizer que não existe o amor? – Perguntei.
- Não, não. O amor existe, mas ele sempre enfraquece e acaba morrendo. – Disse o Ódio com muita felicidade.
- Afinal, você nunca viu o amor, viu? – Disse a Dúvida.
- Vamos acabar logo com isso! – Disse o Medo.
Em seguida a Dúvida me jogou no chão e ficou me segurando para que eu não saísse, o Medo ficou me cortando com suas unhas e o Ódio ficou me queimando com tuas mãos.
- AAAAAAAAAHHH! – Eu gritava desesperadamente, e as lágrimas saiam dos meus olhos. Já não estava mais agüentando a dor.
- Levante-se, acorda! – Ouvi a voz angelical vindo bem distante. Já estava morrendo, não conseguia nem pensar direito.
- Onde estou? – A dor, o medo, o frio não estava presente. Não estava vendo nada, estava em um lugar escuro. – Será que estou morto? – Era estranha a sensação de estar naquele lugar, não dava pra sentir nada.
- Levante-se, acorda! – A voz angelical tornou a aparecer. Em seguida comecei sentir algo queimando em meu coração, eu mal conseguia respirar. Ajoelhei-me e coloquei minhas mãos sobre meu peito, agonizando de dor. Avistei uma luz vindo de muito longe, ela estava se aproximando muito rápido e aumentava cada vez mais, o calor em meu corpo também aumentava. Estava com uma sensação de que ia pegar fogo. A luz estava perto. Fechei os olhos para ver se supria a dor, mas nada adiantou.. Quando abri os olhos a luz estava a minha frente e com um piscar de olhos o lugar estava totalmente claro.
- Levante-se, acorda! – Disse a voz angelical.
O meu corpo continuava a queimar era uma dor insuportável.
- AAAAAAAAHHH! – Gritei.
Em um piscar de olhos eu estava deitado com três seres ao meu redor, a Dúvida me segurando, o Medo me cortando e o Ódio me queimando.
Comecei sentir aquele calor insuportável querendo sair do meu corpo.
Aquele calor insuportável saiu como uma explosão trazendo com ele uma luz esplêndida. Em questão de segundos o quarto estava repleto de luz.
O Medo, a Dúvida e o Ódio saíram de perto de mim. Eles se comportavam de um modo estranho, não estavam suportando aquela claridade. Parecia que a luz queimavam eles.
Não agüentando mais ficar exposto a luz, eles foram embora, saindo pela porta.
Quando eles saíram a luz começou a desaparecer vagarosamente. Com a luz desaparecendo eu comecei avistar uma coisa, era Ela. Ela estava em frente a porta com os teus longos cabelos escuros e sua pele clara. Logo pensei que era ela que falava comigo com aquela linda voz angelical.
- Não, não sou que te salvou – Disse ela lendo os meus pensamentos e com uma voz totalmente diferente da voz angelical. A voz dela era horrível, era como um ruído.
- Eu sou o que queria acabar com você. Eu sou os três seres juntos. – Disse ela se aproximando.
Ela ficou frente a frente a mim e agarrou o meu pescoço, me suspendendo do chão.
A mão dela queimava. Eu não conseguia respirar, eu mal conseguia gritar e suas mãos queimavam o meu pescoço, já estava perdendo a noção.
- Abra os olhos. – Disse a voz angelical.
Quando abri os olhos uma forte luz apareceu como um piscar de olhos. Estava avistando algo atrás daquela aberração que estava me matando.
Era Ela. Poderia jurar que era ela. O anjo que falava comigo. Sim era Ela.
O anjo levantou a mão e apoiou sobre o ombro daquela aberração.
- AAAAAAAAAHHH! – Gritava a aberração.
Eu estava livre. A aberração estava se contorcendo no chão. Uma forte luz cobria aquela coisa e ia encolhendo, formando uma esfera. Chegou uma hora que ela desapareceu como uma explosão.
O anjo estendeu tuas lindas mãos para mim.
- Está tudo bem agora. Eles se foram. – Disse Ela com sua voz inigualável.
- O que foi tudo isso? – Perguntei.
- Isso foi o mau querendo destruir o que você tem. – Disse Ela.
- Quem é você? – Perguntei.
- Eu sou você. Eu sou seu sentimento mais profundo, que habita em seu coração. – Disse ela com sua voz linda e suave. – Está na hora de ir. – Disse Ela.
- AAAAAAH! – Gritei. Um barulho muito alto e agudo rodeava o quarto, me fazendo perder o controle. Aos poucos fui perdendo a noção e desmaiei.
Acordei em uma colina, o lugar era perfeito. Todo gramado, dava pra ver o mar de gramas com o vento batendo. O sol estava se pondo e a lua já estava cheia, quase no centro do céu. Eu não me perguntava como fui parar ali, afinal, eu estive no pior lugar que uma pessoa poderia estar e este lugar era o paraíso.
Em uma jornada em busca do Amor eu descobri que ele já habitava em meu corpo. O que eu precisava era somente Dela para que tudo se encaixa-se, mas eu não a encontrei.
Acredito que ela me salvou, acredito que ela está comigo o tempo todo, mas não posso toca-la. Sinto seu calor ao meu redor. Talvez você esteja mais perto do que possa imaginar.

Gabriel Dos Santos Barbosa 28/09/2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Deserto

Calor é insuportável, bom, passar pelo deserto não é a coisa mais divertida para se fazer. Morrendo aos poucos começo ver coisas, acho que já estou fazendo parte de outro mundo. Espere... Não é coisas, é Ela de novo, só que dessa vez não estou dormindo, estou?
Ela está com um capuz preto indo por outra direção acompanhada com outra pessoa que também está com capuz.
Exausto eu desmaiei e fui acordar com a Ilusão no formato Dela dizendo coisas irritantes.
- Talvez o seu coração não queira o que você busca – Disse a Ilusão desfazendo-se da forma Dela, comendo uma maça.
Aquela maça me parecia ser a fruta mais saborosa que existia. Mas era apenas a Ilusão, um delírio por estar em um deserto.
- Como assim? O que eu busco é o que meu coração quer. – Disse.
- Muitos seguem um caminho e acabam encontrando coisas que não imaginavam encontrar, ou que nunca tinham visto na vida e acabam despertando a vontade de ter aquilo. Só que tem outros casos que o coração o guia para os sonhos, para o conforto. Mas são poucos que chegam ao conforto, pois muitos se Iludem com o que os olhos vêem. Cuidado com o que os teus olhos estão vendo. – Disse a Ilusão acabando com todo o deserto.


(Que sejas meu universo
Não quero dar-te só uma parte dos meus anos
Te quero dono do meu tempo e dos meus planos.
Que sejas meu universo
Não quero a minha vontade
Quero agradar-te
E cada sonho que há em mim quero entregar-te ♪)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

AAARGH!

Viver a mesma história sempre era a pior coisa que existia, mas era o que me mantinha “vivo”.
Me entreguei aos meus sentimentos e dei um passo para trás no que achava que alguém já havia escrito. Mas não, os passos que estava dando me levava ao desastroso final infeliz.
Afinal, por que é sempre a mesma coisa? Por que acontece sempre isso? Será que Já não basta olhar para frente e ver a escolha que estou seguindo?
Mas não, eu tenho que seguir sempre o mesmo caminho, e sempre acontecer à mesma coisa. Mas por que essa revolta? Se vai acontecer à mesma coisa quer dizer que tudo vai ficar bem de novo. Só que isso tudo cansa, cansa ver meu coração caindo aos poucos e não conseguir nem um pouco de esperança para arrumá-lo.
Bom, resolvi mudar um pouco a história, afinal, tudo iria se repetir novamente.
Todos os sonhos, sentimentos, planos, palavras, risos, lágrimas, desabafos, sentimentos, costumes, TUDO, está jogado em algum lugar naquele canto.
Um dia você vai dar uma passada lá, mas tudo o que vai encontrar vai ser pó.

Coloque-se no meu lugar, pois o que eu digo não se trata de mim e sim de você.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Apenas

Talvez esperar seja a coisa certa a fazer, para recebermos o que merecemos.

Acho que estou tendo alucinações, vejo coisas girando ao meu redor quando me distraio. Nunca vi nada parecido.

Estava parado observando um casulo abandonado. Acredito que ele tenha caído de alguma árvore e o vento o trouxe até este lugar. O que será que se passa lá dentro? Será que está quente? Eu sinto frio às vezes, mas sinto um vapor quente vindo ao meu lado.
Estou dois dias observando este casulo e ele nem se quer se meche, pelo menos é a única vida que eu encontro neste lugar.
Veja! Está se movendo, será que é o vento que eu não sinto? Não... É uma linda borboleta, preta com detalhes vermelhos.
Para onde ela vai, se tudo o que tem aqui é apenas nada?
Comecei a segui-la, embora soubesse de que nada adiantaria e que não haveria outro lugar além deste.
Estava me desanimando até sentir um cheiro diferente. Era bom, meio parecido com flores. Foi o que me veio na cabeça, pois estava seguindo uma borboleta.
Estava avistando um palácio, ele era enorme, mas parecia não ficar muito grande quando me aproximava.
No jardim havia muitas flores. Foi lá que me despedi da pequena borboleta.
Fui me aproximando e sentindo falta de pessoas no palácio.
Entrei e fui para um lugar que me parecia ser o centro.
- Alguém ai?! – Gritei observando ao meu redor. Avistava muitos desenhos nas paredes, não sabia interpreta-los.
- Faz muito tempo que não sinto a presença de alguma outra pessoa neste lugar. – Dizia uma voz feminina vindo de trás.
Era Ela. A minha mente se perguntava o que ela estaria fazendo naquele lugar.
- Ele é uma pessoa que não deveria estar aqui. – Uma voz rouca surgira.
- O que lhe trás a este lugar rapaz? – Ela diz.
- Estava perdido no além e uma borboleta me trouxe a este palácio. – respondi
Logo percebi que a voz rouca era do Medo. Ele estava com um capuz sobre o resto e se escondia atrás Dela.
- O que você faz neste lugar? Eu andei procurando você por todos os lados. – disse a Ela meio confuso.
- Como assim me procurou por todos os lados? – Dizia Ela.
Ela me parecia ser outra pessoa, uma pessoa que eu apenas admiraria pela beleza.
- Já disse que ele é alguém que não deveria estar aqui. – Sussurrava o medo no ouvido Dela com um tom de raiva. – Você tem medo do futuro? – dizia o Medo.
Logo percebi que tudo havia paralisado, e que nada se movia, era tudo uma ilusão.
- Como? – Perguntei. Logo senti uma brisa fria vindo na minha direção.
- Venho te observando, e percebi que você pensa de mais nos caminhos a seguir. Você tem medo do seu futuro? – Dizia o Medo parecendo não estar com medo.
- O meu único medo é ter que acordar um dia e ver que tudo foi uma ilusão. –
- Haverá momentos em que tudo desmoronará e seus pensamentos de nada vão valer se você não estiver chegado a nenhuma conclusão. – Dizia o Medo parecendo não ser uma má companhia.
Logo acordei pensando que era apenas mais uma mudança no lugar, pois aprecia ser tão real.
Foi apenas mais um sonho que você esteve lá, diferente, mas esteve.

Esperar talvez seja a coisa certa a fazer, ou não, talvez eu tenha que seguir meu caminho plantando apenas os frutos bons, mas até onde eu irei plantar esses frutos?
Você é a minha vontade, mas também é a minha dúvida.
Se o caminho fosse um pouco mais curto poderíamos estar nos vendo neste momento.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dúvida

Escrevendo as minhas lembranças eu vejo a pessoa que eu realmente fui.
Escrevendo as minhas lembranças eu vejo os erros que eu cometi.
Escrevendo as minhas lembranças eu vejo os caminhos que poderia ter tomado.
Mas o que será daqui pra frente se é com as lembranças que eu estou vivendo?

Será que fui mesmo o seu Ceifador?
Por que eu virei naquela rua que parecia ser a luz?

Mas ainda sinto você respirando, talvez seja o meu fardo.

Ando vendo muitos conflitos nesta jornada, é como se algo estivesse disposto a me desanimar.
Desta vez a Dúvida chegou para o Amor em quanto ele estava dormindo, e começou a sussurrar no ouvido dele com a intenção de que ele tivesse pesadelos.
Não é que está dando certo, o Amor parece não está tendo uma boa noite de sono.
O que será que se passa na cabeça dele agora?
Fui até lá para conversar com a Dúvida.
- Você tem certeza que quer vir aqui? - Disse a Dúvida.
Parei o meu passo e pensei comigo mesmo. Por que querer ir lá? É apenas a Dúvida, ela não tem a informação que eu procuro.
- Talvez, tenha o que você deixou para trás. - Disse a Dúvida.
- como? – perguntei.
- Lembra-se daquela encruzilhada, onde você passou a ter coragem?
- Sim, me lembro... Mas o que tem? – Quando me dei conta a Dúvida não estava mais lá.
Passei uns dias pensando nisto, não cheguei a nenhuma conclusão.
Está na hora de descansar, pois nos meus sonhos eu me sinto mais perto de você.